quarta-feira, 14 de março de 2012

DICAS PARA TRABAHAR O CONTRATO PEDAGÓGICO NO ENSINO FUNDAMENTAL



IECD
Disciplina: _____________
Rio, ___/___/___
___ Encontro

Dicas para trabalhar CONTRATO DIDÁTICO
Realizando com os alunos da Educação Infantil e o Ensino Fundamental
Sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas junto com a elaboração do contrato da turminha:
O Contrato didático também pode ser trabalhado com as turminhas menores. (Que tal montar uma pequena oficina com o tema “Pode e Não Pode” (não gosto desse título, mas o trabalho com as carinhas do MSN ficaria ótimo, pois é algo bem próximo da vivência de algumas crianças)), ou ainda “Então, Ta Combinado” e desenvolver um contrato na turma a partir de uma história, uma música. Use sua criatividade! Um contrato didático entre os alunos e o professor, serve como referência para criança e texto.
Retirado do Plano de Ação do Carmelinha em 2010
II – Semana: 16/08 até 20/08
Tema Gerador: “CARMELINHA – A ESCOLA QUE A GENTE QUER, DEPENDE DO QUE A GENTE FIZER”.

Objetivos:
Promover a reflexão de que a escola é o resultado do que fazemos dela, como a tratamos;
Valorizar a escola e compreender a importância de seus espaços físicos, recursos e as relações com os colegas, professores e funcionários;
Incentivar e valorizar a participação dos pais e comunidade informando aos alunos sobre os projetos e atividades que a escola realiza e promove a participação de toda comunidade, seja através de parcerias ou da própria iniciativa (SUDERJ, O VESTIBULAR, O GRUPO ARUANDA E ETC.);
Levantar quais os problemas que percebem em relação: ao comportamento, ao envolvimento com as atividades realizadas na escola, ao cuidado com o prédio e etc. promovendo uma autoavaliação;
Incentivar o respeito, a colaboração e a troca em sala de aula e entre as turmas.
Alguns enfoques: Escola, História do Carmelinha, Bullying, Direitos da Criança, As regras no espaço escolar; Escola Pública e Privada; Valores e atitudes.
Recursos e Atividades:
Contar a história do Carmelinha, realizar com as turmas campanhas sobre os cuidados com a escola: o desperdício das torneiras abertas (o prejuízo material – a conta de água vem cara. E o prejuízo ambienta – a falta de água no planeta – SOS), o zelo pelo mobiliário, pelo pátio, a questão do lixo na hora do lanche... Confeccionar slogans, cartazes e colocá-los em lugares estratégicos, painéis. Por exemplo: Você sabia? Realizar pesquisas com as turmas maiores sobre a origem do dinheiro para manter as escolas públicas (a questão dos impostos, de que a escola não é de graça, pois todos pagam para que a escola seja mantida).
           Realizar enquête na escola: Como você tem cuidado da escola? Justifique. Você representa bem a sua escola? Justifique. O que você tem feito para manter sua escola limpa? Você gosta dessa escola? Justifique. O que você mudaria na escola? Quais os problemas que a escola tem? Como você pode ajudar a resolver esses problemas ou diminuí-los? Como você trata seus colegas na escola? Os professores e outros funcionários? Como você se sente tratado na escola? Justifique. Você conhece sua escola? Quando ela foi inaugurada?
        Montar mutirões: Escola Limpa. Sala arrumada. Sala Feliz. Sala da Harmonia. Eu cuido do meu uniforme! Eu sou aluno do Carmelinha. Organizar grupos representantes de cada campa, por exemplo. O grupo que representa uma turma pode ficar responsável por divulgar uma campanha. Sugestão: Aluno do Carmelinha anda uniformizado na linha! Esses grupos podem ir às salas falar da importância do uso do uniforme, da aparência. Que cada aluno representa a sua escola.

Realizar dinâmicas que trabalhem as questões relativas ao BULLYING e valorização de atitudes mais felizes dentro da escola:
Dinâmicas e atividades que podem ser desenvolvidas em sala de aula comas turmas menores
1. Recreio com cores –
A professora ou professor prepara cartões coloridos de acordo com o número de alunos. Exemplo: 04 cartões de cada cor – azul, amarelo, verde, vermelho, branco e laranja para distribuí-los aleatoriamente entre 24 crianças. Propõe então, um recreio diferente: "Hoje vocês passarão o recreio com os (as) coleguinhas que receberem a mesma cor do cartão que cada um de vocês receberá. É uma oportunidade de nos conhecermos melhor ainda. Será um recreio colorido, diferente e, no retorno, conversaremos sobre as experiências de cada grupo.”.
A professora distribui os cartões e solicita que antes de saírem para brincar e lanchar, que se organizem nos grupos e conversem sobre a cor recebida (o que ela simboliza para cada um, o que existe nessa cor...).
A reflexão após o recreio é de extrema importância para a construção de alguns valores
2. Correio da Amizade –
Sortear entre os colegas um "Amigo Secreto", escrever para ele; a turma e a professora vão até o correio e esperam pelo momento da revelação em casa, ou seja, o dia em que as correspondências chegarem às residências de cada um!
• Cada turma fixa uma caixa de correio (feita de caixa de sapato) no lado de fora da porta da sala de aula. Durante um determinado período, as turmas vão trocando correspondências. Para culminar o trabalho, pode-se planejar um piquenique entre elas.
• Cada criança escreve um bilhetinho para um colega que "deixou magoado".
3. Cantinhos –
Nos murais de sala, alguns cantinhos podem ser organizados. Exemplos:
• "Recadinhos do Coração" (os alunos fixam bilhetes para crianças que retornam às aulas após um período de faltas, expressam sentimentos espontâneos ou observações sobre as atitudes dos colegas, por meio da escrita ou do desenho... e a docente vai trabalhando e estimulando.).
• "Galeria do posso, não posso" (cada aluno confecciona duas telas em pintura expressando por meio de desenhos atitudes de grupo- "posso, não posso". A professora expõe as telas e discute-se, a partir daí, as normas de atitudes entre os integrantes da turma que irão vigorar durante o período letivo. Dessa forma, o comprometimento é maior, ou seja, são eles quem elaboram as regras.
4. Atividades em cadernos – trabalhando sentimentos e emoções:
 HOJE ESTOU ASSIM...
(A professora cola um círculo nos cadernos para que as crianças desenhem nele, a expressão facial conforme o que sugere o título.) Ex: POR QUE... (os alunos justificam por meio da escrita o porquê de estarem alegres, tristes, com medo...) Conforme a percepção da professora regente, ela vai resgatando alguns valores como: companheirismo, amizade, segurança, união, compreensão...
VOCÊ MORA NO MEU...
Cada criança escreve dentro do coração o nome de um (a) colega e, em seguida, registra por meio da escrita o que pensa e sente por ele (a). Exemplo: "Você é especial, muito amigo!”.
5. ABC dos valores: (Os alunos opinam, registram e ilustram!).
A-AMOR
B-BONDADE
C- CARINHO
D- DEDICAÇÃO
E- ESPERANÇA...
  6 - ALFABETO DA AMIZADE:
A – AMOR É INDISPENSÁVEL ENTRE AMIGOS.
B – BONDADE É SERVIR A PESSOA QUE ESTÁ PRÓXIMA A NÓS.
C – COMPANHEIRISMO É O QUE SINTO QUANDO ESTOU JUNTO DE VOCÊ...
(Cada aluno cria o seu "Alfabeto da Amizade" escrevendo para cada letra do alfabeto uma frase iniciada por ela. Podem ilustrá-las.).
7 - ACRÓSTICOS:
Amor
Mais compreensão
Igualdade
Gostar do outro
Ouvir os colegas

Riqueza interior é o que vale
Experimente esse sentimento de paz
Sinta a emoção de ser feliz
Pense no bem-estar da humanidade
Espere um outro sorriso quando você sorrir
Inverta uma atitude não amiga demonstrando a sua amizade
Tenha respeito pelo outro
Ouça seu coração e siga a caminhada com sabedoria e tranqüilidade.

(Com alguns valores, os alunos criam acrósticos!).
8. A MINHA LUZ ESTÁ ACESA QUANDO...
(Após o conto do livro: "Se ligue em você", os alunos realizam essa atividade, registrando dentro da estrela um BOM SENTIMENTO!).
NA ESCOLA:
FICO ALEGRE QUANDO...
SINTO QUE TENHO UM AMIGO QUANDO...
RESPEITO O OUTRO QUANDO...
(Os alunos completam frases como essas em seus cadernos.).
9. Emocionômetro
É um quadro de pregas com quatro "caretinhas": ALEGRE, TRISTE, MEDO, NORMAL (sem grandes emoções). Os alunos encaixam seus nomes na fileira da caretinha que expressa como estão se sentindo naquele dia e, em seguida, verbalizam o porquê.
A turma conversa e, se for o caso, propõe alternativas para resoluções de determinados problemas.
*Esse trabalho pode ser feito duas vezes por semana.
10. A Árvore da Vida –
Essa dinâmica foi feita por algumas professoras em reunião com Pais.
Na sala está exposto um desenho de tronco de árvore e na raiz está escrito: "Ser feliz"!
Ser feliz! A docente propõe que os pais escrevam uma mensagem de 2º semestre para os filhos, ou para "tal" bimestre. Solicita, porém, que não registrem o nome da criança e que não assinem (para evitar que alunos, cujos pais faltaram à reunião, se frustrem).
Os pais dobram os papéis que contém as mensagens, colocam-nos dentro das bexigas, enchem os balões e montam a árvore. Quando os alunos chegam à sala, a professora explora o "presente" deixado pelos pais com seus alunos. É uma reflexão muito válida e os alunos envolvem-se com os compromissos para o determinado período. Os alunos podem escolher um nome para a árvore e registrar esse momento no caderno.
11. Confecção de murais sobre valores fixados pela escola.
12. Conversas informais – aproveitando acontecimentos do dia-a-dia.
13. Relatos de experiências – atitudes de ajuda aos colegas, respeito e solidariedade.
14. Dicionário dos Valores – Montar um livrinho registrando o valor e o significado dele encontrado no dicionário.
15. Avião da PAZ –
Os alunos fazem a dobradura do avião, escrevem mensagens de PAZ e passeando pelo colégio, com a professora, jogam-nos pelas janelas das demais salas de aula. É só aguardar o resultado!!
História:
Se Ligue Em Você

Existe uma luzinha no seu peito. Uma luz que os olhos não vêem.
Mas quando ela está acesa, a gente sente. Pois é ela que causa os nossos sentimentos.
Quando você a acende, aparecem sentimentos bons em seu peito. Tudo fica mais bonito e gostoso. Ela faz você se sentir alegre.
Quando você a apaga, aparecem sentimentos maus. Tudo fica mais feio e dolorido. Sem ela, você se sente triste. Quando está acesa e brilhante, ela sai pela boca, fazendo-nos sorrir. Ela também sai pelos olhos, fazendo-os brilhar. Ela sai pelo peito, fazendo-nos amar, e pelos braços, fazendo-nos abraçar.
Sai também pelas mãos, fazendo-nos caprichar em tudo. Sai, finalmente, pelo corpo inteiro, fazendo-nos dançar. NÓS SÓ SOMOS FELIZES QUANDO ELA ESTÁ ACESA!  Ela se acende quando você pensa positivo. E você pensa positivo quando ela se acende. Ela brilha quando você faz carinho nas plantas, nos animais e nas pessoas. Também quando sua mãe lhe dá um presente ou quando você come um doce gostoso. Ela brilha mais ainda quando você dá um pedaço do seu doce para seu amigo. Mas, muitas vezes nós deixamos nossa luzinha se apagar.
Quando ela se apaga, você sente medo. O medo aparece quando você pensa que uma coisa ruim pode acontecer com você ou com alguém de quem você gosta. Quando você tem coragem, a luzinha volta a se acender.
Coragem é o nome do sentimento que acontece quando você acredita que só coisas boas podem ocorrer com você e com os outros.
Dinâmicas para as turmas maiores:
1 - Jogo Fora no Lixo
Objetivo: Perceber que a exclusão ou segregação, repara apenas em um detalhe da pessoa. E que todos nós somos muito mais do que mostramos. Esta parte oculta é a que se “joga no lixo” em detrimento de uma diferença que fica à mostra.
Recursos: Papel e lápis.
Desenvolvimento: Dar papel branco e lápis aos alunos. Pedir que cada um escreva, sem se identificar, as suas qualidades e sonhos. Incentivar a fazerem uma auto-avaliação e listarem o mais que puderem seu lado positivo, esquecendo-se do que os outros já disseram algum dia de negativo a seu respeito. Colocar no papel o que há de melhor dentro de si. Depois dobrar e entregar ao professor. Este recolhe todos os papéis e bruscamente diz que mudou de idéia e que não vai mais continuar a dinâmica, e sim fazer outra.
E dizendo isso, joga num cesto de lixo, sem ler, todos os papéis. (Esperar a reação dos alunos, fingindo que está distraído preparando algo novo).
Caso ninguém venha reclamar, perguntar se há algum problema em interromper a atividade ou se alguém ficou incomodado em ver seus sonhos e qualidades jogadas no lixo.
Quando os participantes reclamarem, o professor diz que não está mais interessado nisso, que são apenas papéis e anima a turma: Vamos fazer outra dinâmica?
Analisar a reação do grupo e discutir: qual o problema de jogar fora os papéis com seus sonhos e qualidades, se eles ainda estão dentro deles? De fato não estão no lixo e nem foram retirados deles. Os sonhos, nossas conquistas e virtudes estão dentro de nós e ninguém pode nos tirar. Muitas vezes ficamos tristes, pois permitimos que as pessoas joguem o melhor de nós no lixo e acreditamos que elas têm poder para isso. Com um deboche, uma má resposta, uma briga... E nesse momento acontecem as confusões na sala de aula, quando aceitamos as provocações, quando acreditamos nelas.
Finalizar retirando do lixo todos os sonhos e qualidades que foram desprezados, distribuir aleatoriamente os papéis entre eles, que serão lidos. Analisar o conteúdo de cada um.
A dinâmica visa mostrar a violência cometida ao se rotular, segregar ou excluir alguém, pois muitas vezes o melhor dela está oculto, e pode frutificar se tivermos um novo olhar sobre a pessoa. Tem-se que ver o ser por inteiro, valorizando suas diferenças.
                 2 – Jogo SOCIOMETRIA
Objetivo: Conhecer acerca da diversidade como constante em todos os grupos humanos.
Visualizar a diversidade dentro da sala de aula.
Desenvolvimento: Dispostos em roda dizemos aos alunos que queremos conhecer a turma, ver se realmente, eles se conhecem e que simplesmente vamos agrupar-nos segundo algumas denominações.
Por exemplo:
• as pessoas que estudam de um lado, as que não estudam do outro.
• as pessoas que são desta cidade de um lado, as que são de outros lugares do outro.
• as pessoas que se sentem diferentes de um lado, as que se sentem iguais do outro.
• as pessoas que têm alguma pessoa em seu círculo próximo, ou têm uma deficiência deste lado, as que não do outro.
Quando terminamos de propor duplas, perguntamos aos alunos se alguém quer propor.
Muitas vezes surgem agrupamentos muito interessantes.
3 – Jogo Alternativa
Objetivo: Compartilhar situações de discriminação vividas. Cooperação para resolução de problemas e situações de discriminação.
Desenvolvimento: Dividimos a turma em dois ou três subgrupos. Propomos que os integrantes de cada subgrupo contem situações em que se tenham sentido discriminados ou tenham discriminado a outra pessoa. Damos 15 minutos, depois pedimos que escolham uma situação para representar. Enquanto um subgrupo se apresenta, os outros dois serão o público.
Quando a representação finaliza, perguntamos ao público se alguém tem uma alternativa a essa situação. Quando alguém se dispõe a dar uma alternativa, pedimos que não a diga e que, em lugar disso, mude o papel com a personagem que acredita que pode mudar a situação.
Torna-se a representar a cena com a alternativa. Assim continuamos perguntando e mudando papéis até mudar a situação. Todos os subgrupos passarão a apresentar sua cena escolhida da mesma forma. Muitas vezes, há situações apresentadas que se ajustam muito ao que queremos trabalhar. Neste caso é preferível ficar com uma só situação e trabalhar profundamente nas alternativas a essa situação.
Adaptada do trabalho de Augusto Boal e Teatro do Oprimido-oficinas de Teatro Foro.

Trabalhar com o BLOG, fazendo o uso da tecnologia, o incentivo à criatividade e produção escrita. Propor pesquisas sobre a nossa escola. Elaboração de entrevistas para serem postadas no BLOG, enquetes, poesias, músicas e desenhos.
O Carmelinha tem os PPs dos anos anteriores e fotos que registram um pouquinho da história da escola. Pegar esse material, levar para a sala e explorar com os alunos. É outra sugestão muito interessante.
Montar um painel de fotos atuais. Organizar a turma para montarem uma exposição de fotos da escola.
Filmagem de depoimentos dos alunos, funcionários e pais sobre a escola. Trabalhar as diversas áreas do conhecimento de forma contextualizada. Matemática: Situações problema: Quantos anos a escola tem? Há quantos anos estudo nessa escola? Quantos alunos há na escola? Qual a porcentagem de meninas? Qual fração corresponde à quantidade de menino da sua turma? Quanto tempo ficamos no recreio? Quais os horários de recreio da escola? Situações que envolvam os dias letivos; dias da semana, número de alunos, funcionários e etc., trabalhando com junto, fração, porcentagem, multiplicação, divisão e outras ações. Ciências - Atitudes conscientes em relação ao meio ambiente da escola, seja no uso dos recursos, do prédio, ou na relação com as pessoas. Os hábitos saudáveis que tenho. Geografia e História - Pesquisar o contexto da escola, suas características, a origem dos alunos, a história da escola, localização e etc. O sol na sala de aula (onde nasce o sol?) Observar a trajetória do sol durante o dia tendo como ponto, a sala de aula, a quadra e etc. O espaço da sala, sua forma, medidas. Português - construções de texto e leituras. O uso de tecnologias variadas: uso da Biblioteca, Sala de leitura, Laboratório de Informática e Sala de Artes.
Importante: Como transformar atitudes agressivas em afeto
O Bullying é um problema muito sério. Este tipo de comportamento pode fazer com que crianças e jovens se sintam magoados, assustados, doentes, solitários, envergonhados e tristes. Os “bullies” ou agressores podem bater, chutar, empurrar ou ainda podem falar mal, ameaçar, colocar apelidos maldosos ou intimidar as pessoas. Um agressor pode espalhar boatos mentirosos sobre alguém, pegar as coisas de outras crianças, tirar sarro de alguém ou deixar alguém de fora do grupo de propósito. Alguns agressores ameaçam as pessoas para tentar fazer com que elas façam coisas que elas não querem fazer.
Bullying não é brincadeira!
O Bullying é um problema enorme que afeta muitas crianças. Um terço de todas as crianças diz que já foi alvo de bullying. Ser alvo de bullying faz com que as crianças se sintam muito mal. O stress de ter que lidar com os agressores faz com que as crianças e jovens se sintam doentes.
A prática do Bullying faz com que as crianças não queiram brincar fora de casa ou ir para a escola. É difícil se concentrar nas tarefas escolares quando você está preocupado com a maneira como você vai ter que enfrentar o seu agressor. O Bullying aborrece todo mundo — e não somente as crianças que são os alvos. O Bullying pode fazer da escola um local assustador e pode ocasionar mais violência e mais stress para todo mundo.
Por que os agressores agem assim?
Alguns agressores querem atenção. Eles podem achar que praticando o bullying vão ser populares ou vão conseguir o que querem. A maioria dos agressores quer se sentir importante. Quando eles intimidam outra pessoa, isto pode fazer com que eles se sintam poderosos e fortes.
Alguns agressores vêm de famílias onde todo mundo está sempre bravo e gritando. Alguns também já foram alvos de bullying.
Às vezes os agressores sabem que o que eles estão fazendo ou falando magoa as pessoas. Mas alguns agressores podem não ter idéia do quanto suas atitudes podem ser dolorosas para os outros. A maioria dos agressores não entende ou não se importa com os sentimentos dos outros.
Os agressores frequentemente escolhem um alvo sobre o qual acreditam ter poder. Eles podem escolher crianças que se aborrecem facilmente ou que têm dificuldade para se imporem. Quando alguém tem uma forte reação, os agressores sentem que conseguiram o poder que queriam ter sobre aquela pessoa. Algumas vezes os agressores escolhem alguém que é mais inteligente do que eles ou que é diferente deles de alguma forma. Algumas vezes os agressores intimidam uma criança sem motivo algum.
O que fazer? A boa notícia é que crianças e jovens que são agressores podem aprender a mudar suas atitudes. Professores, coordenadores, orientadores e os pais podem ajudar. Os agressores podem mudar se eles aprenderem a usar os seus poderes de maneiras positivas e com respeito. Por fim, se os agressores vão decidir mudar suas atitudes ou não, é uma escolha deles. Alguns agressores se tornam pessoas incríveis. Outros não aprendem nunca. A melhor maneira de se eliminar o Bullying é promover o diálogo aberto, transparente e honesto sobre questões que oprimem jovens e crianças.
A ideia de se trabalhar com o preconceito e o bullying de uma forma pró-ativa surgiu da parceria com um programa já existente nos EUA chamado “Seja a Mudança”.
O sucesso já atingido com o programa nos EUA e no Brasil permite o reconhecimento de mudanças importantes de atitudes em decorrência do aprendizado adquirido. Através de vivências marcantes e interativas, o programa leva adolescentes e adultos a uma exploração, cuidadosamente desenvolvida, sobre as formas como as pessoas se separam umas das outras, mostrando ao mesmo tempo como interromper este processo e começar a criar vínculos de afetividade e respeito.
Os objetivos maiores do programa são: auxiliar no aumento da autoestima e valorização do ser humano; mudar a pressão negativa sofrida pelos jovens em seus grupos para que estes se tornem um local de apoio e segurança; eliminar o conformismo com a colocação de apelidos, bullying e todas as formas de violência.

Milene Thomas
Psicóloga, especialista em Dinâmica dos Grupos. Diretora da “Consentire - pelo desenvolvimento humano” e Coordenadora do programa “Seja a Mudança” no Brasil.

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